O objetivo deste artigo foi discutir o Programa de Gestão e Desempenho (PGD) da administração pública federal direta, autárquica e fundacional sob a ótica do modelo de gestão gerencial e de uma reforma administrativa. Embora a criação do PGD seja associada à pandemia da Covid-19, o Programa de Gestão já aparecia no Decreto nº 1.590/1995 e em uma Instrução Normativa de 2018. Ressalta-se que o modelo gerencial, totalmente importado da iniciativa privada, dos Estados Unidos das Américas e do Reino Unido, se baseia na competição, na redução de custos e tem o foco nos resultados. Este estudo justifica-se diante da necessidade de se conhecer o PGD de forma mais densa e, ao mesmo tempo, entender que por mais que tenha aspectos positivos também tem aspectos negativos que podem, de alguma forma, refletir no usuário dos serviços públicos que são os maiores interessados nos serviços de boa qualidade. Este estudo foi realizado por pesquisas bibliográficas e legislações pertinentes ao assunto. Conclui-se que além desse programa não ser uma novidade, pode trazer diversos impactos negativos para servidores públicos (aumento de trabalho, excesso de cobrança, problemas de saúde, possível redução de remuneração, dentre outros) e, por conseguinte, para o serviço público, e (é) ou pode ser uma ponte direta para a uberização no serviço público federal brasileiro.