Provas práticas: o que são e para que servem?

Barbarói

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ISSN: 1982-2022
Editor Chefe: Marco Andre Cadoná
Início Publicação: 30/06/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

Provas práticas: o que são e para que servem?

Ano: 2007 | Volume: 1 | Número: 26
Autores: F. S. Domingues
Autor Correspondente: F. S. Domingues | fabiandomingues@gmail.com

Palavras-chave: crítica da razão prática, doutrina dos postulados, prova prática

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste trabalho é investigar as provas práticas que Kant apresenta dos objetos da metafísica tradicional, que são a existência de Deus e a imortalidade da alma. Deus e a alma são considerados objetos necessários do ponto de vista prático para a realização do sumo bem. Kant considera que tais objetos não são passíveis de conhecimento teórico, pois não podem ser dados numa intuição sensível. Apesar disto, eles devem ser postulados para a realização da necessária união entre o dever de seguir a lei moral e a felicidade, isto é, para a realização do sumo bem. Os postulados da imortalidade da alma e da existência de Deus são considerados princípios objetivos da vontade, que devem ser pressupostos para agirmos moralmente. No entanto, é possível agir moralmente sem que se creia na imortalidade da alma e na existência de Deus? Como um modus tollens o argumento de Kant perde a sua força, ainda que a sua estratégia de resolver de forma prática problemas insolúveis à razão teórica permaneça filosoficamente interessante.



Resumo Inglês:

The present work has as its aims to investigate the practical tests that Kant presents about the objects of the traditional metaphysics, that are the existence of God and the immortality of the soul. God and the soul are considered necessary objects from the practical point of view well for the accomplishment of the superior goodness. Kant considers that such objects are not susceptible to theoretical knowledge, because they cannot be given in a sensitive intuition. In spite of that, they should be postulated for the accomplishment of the necessary union among the duty of following the moral law and the happiness, that is, for the accomplishment of the superior goodness. The postulates of the immortality of the soul and of the God’s existence are considered objective principles of the will, that should be presuppositions for us to act morally. However, is it possible to act morally without believing in the immortality of the soul and in the God’s existence? As a modus tollens the argument of Kant loses its force, although his strategy of solving, in a practical way, insoluble problems to the theoretical reason stays philosophically interesting.