Quando a morte é o começo da atividade: análise do trabalho pericial sob o ponto de vista da clínica da atividade

Barbarói

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ISSN: 1982-2022
Editor Chefe: Marco Andre Cadoná
Início Publicação: 30/06/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

Quando a morte é o começo da atividade: análise do trabalho pericial sob o ponto de vista da clínica da atividade

Ano: 2012 | Volume: 2 | Número: 37
Autores: Bárbara Zaffari Cavedon, Fernanda Spanier Amador
Autor Correspondente: Bárbara Zaffari Cavedon | barbarazaffari@gmail.com

Palavras-chave: Trabalho pericial, clínica da atividade, subjetividade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo, sob o enfoque da Clínica da Atividade, analisa conteúdos do cotidiano laboral de trabalhadores da área pericial envolvendo situações de morte. Embasado em conceitos como gênero, estilo, atividade, ampliação e amputação do poder de agir, são abordadas vivências de profissionais do Instituto-Geral de Perícias (IGP). Esse órgão, no Rio Grande do Sul, é responsável por realizar perícias médico-legais e criminalísticas. Partindo da observação de situações de trabalho, tecemos, em conversa com a literatura referente às Clínicas do Trabalho, considerações a respeito da experimentação do trabalho enquanto acontecimento, possibilitando ao sujeito um campo ativo para criações e potencializações de modos de fazer e existir. Pelo contato e acompanhamento do dia-a-dia de trabalho destes profissionais, foi possível contatar a intensidade de paradoxos como vida x morte e real x prescrito na realização de suas atribuições. A vivência afetiva das provações diárias cria possibilidades de atuação para estes profissionais e transforma o objeto de seu trabalho, o fim, em processo.



Resumo Inglês:

This article, based on Clinic of Activity's principles, analyses contents of forensic workers daily laboral routine, envolving death situations. Based on concepts like gender, style, exapansion and amputation of the acting power (Clot), Instituto-Geral de Perícias (IGP) workers experiences are discussed. This organization is responsable for medicolegal and criminalistic exams in Rio Grande do Sul. Starting from the observation of work situations, we build, in conversation with the Clinic of Activity‟s literature, considerations about work experimentation as an event, enabling to the subject an active field for create and potentiate ways of doing and being. Through the contact and accompaniment of these workers routine, it was possible to contact the intensivity of paradoxes like life x death and real x prescribed in the realization of their tasks. The afective experience of the daily trials creates acting possibilities for these professionals and turns their work object, the end, into process.



Resumo Espanhol:

Este artículo, desde el punto de vista de la Clínica de la Actividad, analiza el contenido del labor diario de los trabajadores de la área pericial que actúan en situaciones de muerte. Fundamentado en conceptos como el género, el estilo, la actividad, la expansión y la amputación del poder de acción, se abordan las experiencias de los profesionales del Instituto-Geral de Perícias (IGP). Esta institución, en Rio Grande do Sul, es responsable por realizar análisis médico legales y criminalísticos. A partir de la observación de situaciones de trabajo, hacemos, en la conversación con las Clínicas del Trabajo, consideraciones acerca de la experimentación del trabajo como un evento, lo que permite al sujeto un campo activo para creaciones y potencializaciones de formas de hacer y de ser. Mediante el contacto y el acompañamiento del día a día del trabajo de estos profesionales, fue posible ponerse en contacto con la intensidad de paradojas como vida x muerte y real x prescrito en el desempeño de sus funciones. La experiencia afectiva de pruebas diarias crea oportunidades para la actuación para estos profesionales y transforma el objeto de su trabajo, el fin, en proceso.