A nova polÃtica urbana na cidade do Rio de Janeiro possui como um dos seus eixos a remoção de moradores de favelas consideradas “áreas de risco†ou como área de interesse público para as OlÃmpiadas. O reassentamento desses moradores é feito nos conjuntos habitacionais construÃdos pelo “Programa Minha Casa Minha Vidaâ€, reproduzindo um modo de habitar condominial distinto, na maioria dos casos, das favelas. A presente pesquisa etnográfica desenvolve-se em conjuntos habitacionais recém construÃdos para receber os reassentados da atual polÃtica de reordenamento espacial da cidade. Os objetivos principais são analisar o processo de adaptação dos moradores nesse novo modo de habitar a cidade, assim como verificar a continuidade do “estigma de favela†que persegue os moradores apesar da mudança territorial e habitacional. Dentre os diversos resultados obtidos destacam-se que o estigma não está presente apenas no senso comum da população dos diversos estratos da sociedade, mas também na própria estrutura de atuação do poder público.