Este trabalho analisa discursos cinematográficos produzidos no Brasil durante os anos 1990, tendo por base a construção de personagens rebeldes nos filmes brasileiros — sejam eles guerrilheiros, bandoleiros, visionários — a fim de perceber o modo como o cinema se apropria, resgata e ressignifica fatos históricos a fim de construir o seu discurso em torno da identidade nacional. O interesse é ver como estes discursos se articulam com o debate em torno da identidade cultural que perpassa os produtos midiáticos, aqui tendo por base o cinema produzido nos anos 1990. Serão analisados três filmes: Lamarca, 1994, de Sérgio Rezende; O que é isso, companheiro?, 1996, de Bruno Barreto, e Tiradentes, 1999, de Oswaldo Caldeira..
The present work analyzes the cinematic speeches produced in Brazil over the 1990s, based on the construction of rebel characters in Brazilian films – either as guerrillas, outlaws, or visionaries – in order to notice how cinema takes, redeems and re-signifies historical facts as for constructing its speech around national identity. This work focuses on how such speeches articulate with the debate over cultural identity which is shown through media products, having for basis the cinema produced in the 1990s. Three films shall be analyzed: Lamarca, 1994, by Sérgio Rezende; O que é isso, companheiro?, by Bruno Barreto; and Tiradentes, 1999, by Oswaldo Caldeira.