OBJETIVO:
Avaliar a evolução clÃnica, o crescimento e a taxa de aleitamento materno exclusivo de recém-nascidos prematuros assistidos pelo Método Canguru, ao nascimento, na alta e aos seis meses de idade.
MÉTODOS:
Estudo prospectivo de uma coorte de prematuros atendidos pelo Método Canguru, em uma maternidade pública de nÃvel terciário do Nordeste do Brasil, com peso ao nascer ≤1750g e em condições clÃnicas necessárias para se aplicar o método.
RESULTADOS:
A amostra constituiu-se de 137 recém-nascidos prematuros, sendo 62,8% do sexo feminino, com peso médio ao nascer de 1365±283g, idade gestacional média de 32±3 semanas e 26,2% eram adequados para a idade gestacional. Foram admitidos na Enfermaria Canguru com mediana de 13 dias de vida, pesando 1430±167g, sendo que, nesse momento, 57,7% foram classificados como pequeno, para a idade gestacional corrigida. Tiveram alta hospitalar com 36,8±21,8 dias de vida, pesando 1780±165g e 67,9% eram pequenos para a idade gestacional corrigida. Aos seis meses de idade cronológica (n=76), tinham peso médio de 5954±971g, estando 68,4% com peso corrigido para a idade gestacional entre os percentis 15 e 85 da curva da Organização Mundial da Saúde (OMS). A frequência de aleitamento materno exclusivo na alta foi de 56,2% e, aos seis meses de idade cronológica, de 14,4%.
CONCLUSÕES:
Na amostra estudada, aproximadamente dois terços das crianças assistidas pelo Método Canguru encontravam-se, aos seis meses de idade cronológica, entre os percentis 15 e 85 da curva de peso corporal da OMS. A frequência de aleitamento exclusivo aos seis meses foi baixa.