Através da utilização do método hipotético-dedutivo, o presente artigo tem como objetivo analisar em que medida as recentes reformas no ensino do Direito, que anseiam desenvolver a cultura do diálogo e da solução consensual de conflitos, mostram-se condizentes na busca pela efetivação do direito fundamental à paz. Para tanto, construiu-se, a partir da coleta de dados históricos, um retrospecto da educação jurídica no país, com ênfase na edificação do tradicional perfil beligerante do profissional de Direito, e sua ressignificação a partir da Resolução nº 125/CNJ. Ainda, analisou-se o advento do estudo das formas consensuais de composição de conflitos nas matrizes curriculares dos cursos jurídicos (Resolução CNE/CES nº 5, de 17 de dezembro de 2018), e a efetivação das ferramentas voltadas à pacificação das relações sociais. Ademais, foram averiguadas as possibilidades de concretização do direito fundamental à paz por vias de um ensino jurídico repensado e comprometido com a humanização dos sujeitos. Concluiu--se que as reformas empreendidas no ensino do Direito concorrem, ainda que paulatinamente, para o desenvolvimento da cultura do diálogo e da solução autocompositiva de conflitos, mostrando-se concordante na busca pela efetivação do direito fundamental à paz. Para a investigação, foi utilizada pesquisa documental e bibliográfica e o método de procedimento monográfico.
Through the use of the hypothetical-deductive method, this article aims to analyze the relation between the recent reforms in the study of Law, that pursue the development of a culture of dialogue and consensual conflict resolution, and the realization of the fundamental right to peace. To this end, a retros-pective of legal education in Brazil was built from the collection of historical data, with an emphasis on the traditional belligerent profile of the legal professional, and its resignification from Resolution nº 125/CNJ. Furthermore, it was analyzed the advent of the study of consensual conflict composition in the curriculum of legal courses (Resolution CNE / CES nº 5, of December 17, 2018), and the effec-tiveness of tools that aim pacifying social relations. In addition, the possibilities of realizing the funda-mental right to peace through new perspectives of legal education, committed to the humanization of subjects, were observed. It was concluded that reforms undertaken in the teaching of concurrent law gradually contribute for the development of a culture of dialogue and self-composed solution of con-flicts, proving to be consistent in the search for the realization of the fundamental right to peace. For the investigation, it was used documental and bibliographic research and the technique adopted was the bibliographic.
