Objetivo: compreender as contribuições de uma intervenção educativa para o reconhecimento de reações transfusionais imediatas por enfermeiros atuantes em centro de terapia intensiva. Métodos: estudo qualitativo, baseado na pesquisa-ação de Thiollent, desenvolvido com 14 enfermeiros atuantes em unidade de terapia intensiva de um hospital municipal. Foram excluídos profissionais afastados por férias e/ou licenças. A coleta de dados ocorreu por meio de oficinas emancipatórias, desenvolvidas em seis fases: exploratória, problematização, teorização, plano de ação, avaliação e divulgação. A análise seguiu o método de conteúdo temático. Resultados: as oficinas possibilitaram reflexões sobre sinais clínicos de reações transfusionais imediatas, além de favorecerem a identificação de fragilidades e sugestões de estratégias educativas. Entre as ações propostas, destacaram-se uma capacitação teórica e a criação de um cartão-crachá como material de apoio prático durante a assistência. Conclusão: a intervenção foi percebida como um recurso de apoio para o reconhecimento clínico de reações transfusionais, favorecendo a familiaridade com condutas previstas no protocolo institucional. Contribuições para a prática: o estudo reforça a relevância de estratégias educativas participativas no cotidiano assistencial, especialmente em contextos críticos, promovendo a articulação entre teoria e prática na segurança transfusional.
Objective: to understand the contributions of an educational intervention to the recognition of immediate transfusion reactions by nurses working in the intensive care unit. Methods: this qualitative study, based on Thiollent’s action research, was conducted with 14 nurses working in the intensive care unit of a municipal hospital. Professionals on leave due to vacation and/or other types of absence were excluded. Data collection took place through emancipatory workshops, developed in six phases: exploratory, problematization, theorization, action plan, evaluation, and dissemination. Data were analyzed using thematic content analysis. Results: the workshops fostered reflection on the clinical signs of immediate transfusion reactions, as well as the identification of weaknesses and suggestions for educational strategies. Among the proposed actions, theoretical training and the development of a badge-card as a practical support tool during care stood out. Conclusion: the intervention was perceived as a supportive resource for the clinical recognition of transfusion reactions, enhancing familiarity with the procedures established in the institutional protocol. Contributions to practice: the study reinforces the relevance of participatory educational strategies in daily care practice, especially in critical contexts, by promoting the integration of theory and practice in transfusion safety.
