O artigo examina o papel desempenhado pela revista Atlantida,
o mais expressivo veÃculo de divulgação de um projeto polÃtico-cultural,
voltado para a defesa da formação de uma comunidade luso-brasileira.
Dirigido no Rio de Janeiro por Paulo Barreto, o popular João do Rio, e em
Lisboa por João de Barros, o periódico circulou mensalmente entre 1915 e
1920. Constituiu um espaço de fermentação intelectual e de sociabilidade.
Ao lado da permanente re4exão doutrinária acerca da conveniência do
estreitamento das relações entre Brasil e Portugal, a revista ocupava-se de
questões literárias, históricas e artÃsticas contemporâneas, o que lhe conferia
um alcance polÃtico e ao mesmo tempo cultural.