Reflexões sobre Biopolítica, Violência e Terrorismo

Aurora (UNESP. Marília)

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ISSN: 1982-8004
Editor Chefe: Agnaldo dos Santos
Início Publicação: 30/11/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

Reflexões sobre Biopolítica, Violência e Terrorismo

Ano: 2018 | Volume: 10 | Número: 2
Autores: Letícia dos Santos Colombo
Autor Correspondente: Letícia dos Santos Colombo | Aurora.revista@gmail.com

Palavras-chave: Terrorismo; Biopolítica; Violência; Sociedade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A bipolítica do poder caracteriza-se pela relação da política com o corpo biológico da pessoa que está submetida a um poder soberano. A delimitação cada vez maior do Estado territorial através de políticas de controle de fronteiras e da ampliação de seu direito de vigilância é a consequência imediata da securitização das relações internacionais, já que o discurso contra o inimigo estatal também é visto como um dispositivo de biopoder, que insere nas políticas estatais as linhas de ação e controle. Esse discurso da segurança transfere questões do plano político para a agenda de segurança, que agora tem a legitimidade de agir com normas e regras proibitivas e o emprego da força é uma possibilidade sempre presente. O poder bélico acabou sendo desigualmente dividido entre os países e dentro dos países e o monopólio da força não é mais somente estatal, embora somente o Estado ainda possa usá-lo com legitimidade. Neste contexto, o fenômeno do terrorismo se caracteriza por um método de ação política porque se baseia nas demandas ou consciência nacional e social, sendo utilizado de maneira conjuntural, mas também pode se manifestar como uma lógica de ação, pois ele define o ator e lhe dá a mobilidade da luta, gerando uma violência extrema sendo que a ordem dos fins e dos meios se inverte. Sendo assim, este ensaio pretende explorar algumas considerações teóricas iniciais sobre o tema biopolítica da violência e a questão do terrorismo internacional.



Resumo Inglês:

The bipolitics is characterized by the relation of politics to the biological body of the person who is subject to a sovereign power. The increasing delimitation of the territorial State through policies of border control and the extension of its right of surveillance is the immediate consequence of the securitization of international relations, since the discourse against the enemy of the state is also seen as a device of biopower, which inserts lines of action and control into state policies. This security discourse transfers issues from the political plane to the security agenda, which now has the legitimacy to act with prohibitive norms and rules, and the use of force is an ever-present possibility. War power ended up being unequally divided between countries and within countries - and the monopoly of force is no longer only to the state, although only the state can legitimately use it. In this context, the phenomenon of terrorism is characterized by a method of political action because it is based on national and social demands, but can also manifest as a logic of action, since it defines the actor and gives the mobility of the struggle, generating extreme violence and the order of ends and means is reversed. Thus, this essay intends to explore some initial theoretical considerations on the biopolitical theme of violence and the issue of international terrorism.