Os primeiros anos do século XXI foram marcados pelas tentativas de reforma do Estado, em diversos países da América Latina. As políticas aplicadas representaram um avanço para os trabalhadores, no entanto não foram capazes de modificar sensivelmente as relações entre capital e trabalho, bem como, nos mais diversos países, os governos tem sido apeados do poder, por vias democráticas ou não. Por que as reformas do Estado não conseguiram modificar de modo permanente a situação da classe trabalhadora? Essa é a pergunta que o presente trabalho procura responder, por meio de um levantamento bibliográfico sobre a concepção de Estado em Marx, recorrendo assim a reflexão marxista, para compreender que os esforços por reformar o Estado e garantir um capitalismo mais humano, bem como uma emancipação das classes trabalhadoras sem contrariar a lógica do sistema capitalista terminam por perpetuar a exploração, ao apresentar como conquistas, algumas concessões feitas pela burguesia, concessões essas que ao primeiro sinal de crise são suspensas. O objetivo da pesquisa é mostrar que o Estado no capitalismo é irreformável, tendo, portanto, que ser substituído pelos trabalhadores por uma nova forma de organização para que a exploração do homem pelo homem possa ser interrompida.