AS RELAÇÕES ECONÔMICAS ENTRE COSTA DO MARFIM E FRANÇA: O GOVERNO DE FÉLIX HOUPHOUËT BOIGNY E O NEOCOLONIALISMO (1960-1993)

Aurora (UNESP. Marília)

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ISSN: 1982-8004
Editor Chefe: Agnaldo dos Santos
Início Publicação: 30/11/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

AS RELAÇÕES ECONÔMICAS ENTRE COSTA DO MARFIM E FRANÇA: O GOVERNO DE FÉLIX HOUPHOUËT BOIGNY E O NEOCOLONIALISMO (1960-1993)

Ano: 2024 | Volume: 17 | Número: Não se aplica
Autores: Yao Jean Pierre Beranger Koffi
Autor Correspondente: Yao Jean Pierre Beranger Koffi | koffiyaojeanpierre17@gmail.com

Palavras-chave: Costa do Marfim. França. Independência. Relações Econômicas. Neocolonialismo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo trata das relações econômicas entre a Costa do Marfim e a França, analisando a trajetória econômica do país sob a presidência de Félix Houphouët Boigny (1960-1993). Procuramos abordar o processo de independência, liderado por Boigny, tratando da ação neocolonialista da França por meio do uso do Franco CFA e pela manutenção de bases militares no país, entre outros. Nesse contexto, apresentamos uma retrospectiva da política econômica da Costa do Marfim, voltada para a produção agrícola, principalmente para o binômio café-cacau. Grande parte da produção continuou a ser exportada para a França depois da independência e, após um período de grande crescimento das exportações, na década de 1980 o país entrou em grave crise, devido à manutenção da estrutura econômica de caráter colonial. A crise foi marcada pela queda nos preços dos principais produtos de exportação, pela dívida externa e pela sua moratória. Embora haja um histórico de adoção dos Programas de Ajustamento Estrutural (PAEs) na década de 1980, conduzida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento - Banco Mundial (BIRD), os efeitos gerais não levaram à superação da crise.



Resumo Inglês:

The present article deals with the economic relations between Ivory Coast and France, analyzing the economic trajectory of the country under the presidency of Félix Houphouët Boigny (1960-1993). We seek to address the process of independence of the country, led by Boigny, dealing with the neocolonialist action of France through the use of the CFA Franc and the maintenance of military bases in the country, among others. In this context, we present a retrospective of Ivory Coast's economic policy, focused on agricultural production, mainly on the coffee-cocoa binomial. Much of the production continued to be exported to France after independence and, after a period of great export growth, in the 1980s the country entered a serious crisis, due to the maintenance of the economic structure of a colonial character. The crisis was marked by the fall in prices of the main export products, the external debt and its moratorium. Although there is a history of adoption of structural adjustment programs (SAP) in the 1980s, conducted by the International Monetary Fund (IMF) and the International Bank for Reconstruction and Development - World Bank (IBRD), the general effects did not lead to overcoming the crisis. 



Resumo Espanhol:

Este artículo aborda las relaciones económicas entre Costa de Marfil y Francia, analizando la trayectoria económica del país bajo la presidencia de Félix Houphouët Boigny (1960-1993). Buscamos abordar el proceso independentista, liderado por Boigny, abordando la acción neocolonialista de Francia mediante el uso del Franco CFA y el mantenimiento de bases militares en el país, entre otros. En este contexto, presentamos una retrospectiva de la política económica de Costa de Marfil, centrada en la producción agrícola, principalmente para el binomio café-cacao. Gran parte de la producción siguió exportándose a Francia después de la independencia y, tras un período de gran crecimiento de las exportaciones, en los años 80 el país entró en una grave crisis, debido al mantenimiento de la estructura económica colonial. La crisis estuvo marcada por la caída de los precios de los principales productos de exportación, por la deuda externa y su moratoria. Si bien existe una historia de adopción de Programas de Ajuste Estructural (PAE) en la década de 1980, liderados por el Fondo Monetario Internacional (FMI) y el Banco Internacional de Reconstrucción y Fomento - Banco Mundial (BIRF), los efectos generales no llevaron a superar la crisis.