Fruto de trabalho etnográfico realizado entre 2008 e 2014 em dois serviços de atenção à saúde mental (um público e outro particular), localizados no estado do Rio de Janeiro, este artigo analisa diferentes fontes, orais e escritas, como: prontuários, entrevistas em profundidade, conversas informais e anotações em caderno de campo provenientes da observação participante, e estabelece uma discussão sobre suicídio e sobre a experiência de ouvir vozes. Partindo de relatos de pacientes, familiares e técnicos dos dois serviços, o estudo aponta para a dimensão social inscrita em vivências relacionadas ao sofrimento psíquico.