A problemática da religião, da concepção do sobrenatural pelo homem, segundo a visão empirista Humeana, é o ponto de partida de investigação desse trabalho, que para melhor dar conta dessa empresa foi subdividido em duas partes, a saber: “A origem do homem místico” e “A concepção do sagrado pela experiência empírica”. Na primeira parte discute-se a gênese do homem místico a partir da fundamentação filosófica de Hume, onde este argumenta que não pode haver nenhum conhecimento humano que antes não tenha passado pelo campo da experiência empírica e que o homem tende a buscar sempre uma providência externa na tentativa de compreender a limitação do gênero humano diante das adversidades e mistérios da vida. Dessa forma, a concepção do sobre natural, não poderia ser, senão fruto dos medos e aspirações intermediados pelas paixões humanas. Na segunda parte deste artigo, não independente, mas antes complementar à primeira, será abordado acerca de como o homem concebe o sagrado pela experiência empírica, à luz do pensamento Humeano, onde será discutido o termo religião a partir de uma visão cética, mas, no entanto, moderada, que, segundo Hume é de fundamental importância para que se possa compreender melhor os fatores a nossa volta, pois o dogmatismo radical não nos permitiria discutir acerca de algo. Assim, o presente artigo não tem como propósito dar conta totalmente do pensamento filosófico de David Hume acerca do assunto religião, mas expor, mesmo que minimamente, a sua problemática acerca desse assunto. Mas que esse singelo trabalho possa servir de apoio teórico para posteriores pesquisas sobre o assunto.