Tendo em vista os danos causados pela requeima (Phytophthora infestans) ao tomateiro e as dificuldades de manejo desta doença em sistemas orgânicos de produção, objetivou-se quantificar o progresso da doença e a produção de dez cultivares de tomateiro em condições de campo em sistema orgânico. Avaliaram-se oito cultivares mais dois padrões, Débora Plus e Perinha Água Branca (PAB), suscetível e resistente à doença, respectivamente. Quantificou-se a severidade da doença em dez avaliações e calcularam-se as áreas abaixo das curvas de progresso da requeima (AACPR). A produção foi aferida em seis colheitas e com base nestas determinaram-se produtividade, número e massa fresca média dos frutos e a sua qualidade comercial. Adotou-se delineamento de blocos casualizados com quatro repetições. Os híbridos Lumi, Serato, Dominador e Forty apresentaram AACPR significativamente superiores ao padrão Débora Plus (579,27), enquanto Mascot foi equivalente estatisticamente a este. Menor AACPR foi observada em Santa Clara, Kada e Jumbo (183,50 a 250,56) que não diferiram do padrão resistente, PAB (14,74). A produtividade, total e comercial, de Lumi, Serato, Forty e Dominador foi equivalente ou inferior à de cultivares mais antigas, como Kada, e de cultivares do grupo cereja, como Mascot e PAB. A cultivar PAB, apesar da menor produtividade total (0,69 kg.planta-1 ), apresentou produtividade comercial (0,65 kg.planta-1 ) equivalente ou superior ao da maioria das cultivares (0,32 a 0,67 kg.planta-1 ). Os híbridos Lumi, Serato, Dominador e Forty são altamente suscetíveis a requeima e podem ter sua produtividade severamente comprometida pela doença em sistemas orgânicos.