Selfie e teoria crítica: considerações acerca do trabalho com imagens em psicologia

Revista de Psicologia

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ISSN: 2179-1740
Editor Chefe: Cassio Adriano Braz de Aquino
Início Publicação: 26/01/2018
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Psicologia

Selfie e teoria crítica: considerações acerca do trabalho com imagens em psicologia

Ano: 2017 | Volume: 8 | Número: 1
Autores: Fernanda Carvalho de Almeida, Maria de Fátima Vieira Severiano
Autor Correspondente: Fernanda Carvalho de Almeida | fernanda_dupret@yahoo.com.br

Palavras-chave: teoria crítica, selfie, imagens

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Contemporaneamente, a imagem tem ganhado destaque na vida dos indivíduos. Tal fato torna-se flagrante no fenômeno selfie. Neste, indivíduos autorretratam-se em diversas situações a fim de compartilhar tais conteúdos em redes sociais virtuais. As imagens tornam-se, portanto, relevantes à compreensão do homem contemporâneo, isto é, de uma subjetividade que se constitui na tela – do computador, do smartphone etc. Indagamo-nos: como a pesquisa em Psicologia tem se ocupado da delicada tarefa de ler uma imagem? Neste trabalho, buscamos explorar possibilidades de investigação de imagens na Psicologia, por meio de uma base teórico-metodológica alicerçada na Teoria Crítica da Escola de Frankfurt. Optamos por fazer referência aos selfies, pois estes são paradigmáticos da produção imagética atual da web. Abordaremos aspectos teórico-metodológicos da Teoria Crítica no trabalho com selfies, bem como discorreremos acerca dos desafios encontrados na análise de imagens. Apontaremos caminhos possíveis no manejo destes desafios, tendo por base a Teoria Crítica. Como resultado, a apropriação desta pela investigação em Psicologia propicia sentido prático ao trabalho teórico, assim como aprimoramentos da teoria pela prática. Ainda, a Teoria Crítica fomenta um olhar acurado a detalhes reveladores do todo social, permitindo ao pesquisador vagar como o flanêur de Benjamin pela transitoriedade do agora.



Resumo Inglês:

Nowadays, image has become an important part of individual’s life. This fact gets obvious on selfie phenomenon. On that, individuals self-portrait themselves in many situations to share those contents at social media. Images become, therefore, relevant to contemporary man’s comprehension, in other words, they become relevant to the comprehension of a subjectivity that constitutes itself on screen – computer’s screen, smartphone’s screen etc. We ask ourselves: how psychology’s research has occupied itself with such delicate work as an image reading? In this paper, we seek to explore image investigation’s possibilities through the theoretical methodological base of Frankfurt’s School Critical Theory. We choose to refer to selfies, because they are paradigmatic at web’s nowadays’ image production. We will approach theoretical methodological aspects on selfie reading and elaborate on image analysis’ challenges. We will point possible paths on this challenges’ handling through Critical Theory. As result, its appropriation by Psychology propitiates practical sense to theoretical work and ameliorations to theory through praxis. Still, Critical Theory foments an accurate look to social whole’s revealing details, allowing the researcher to drift as Benjamin’s flanêur into now’s transience.