Semiose de um paradoxo comunicativo

Mediação

Endereço:
Rua Cobre, 200 - Cruzeiro
Belo Horizonte / MG
30310-190
Site: http://www.fumec.br/revistas/mediacao
Telefone: (31) 3228-3099
ISSN: 1676-2827 (impressa); 2179-9571 (on-line)
Editor Chefe: Prof. Luiz Henrique Barbosa
Início Publicação: 01/10/2001
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Comunicação

Semiose de um paradoxo comunicativo

Ano: 2008 | Volume: 7 | Número: 6
Autores: Mauricius Martins Farina
Autor Correspondente: Mauricius Martins Farina | rfonseca@fumec.br

Palavras-chave: Comunicação, mí­dia, cultura visual

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este ensaio perscruta uma noção de real e de ficção em que ambos surgem como representação, num processo de semiose considerada um paradoxo comunicativo. O jornalismo contemporâneo é também uma mercadoria, um sistema complexo de comunicação, seu produto é a realidade construída com argumentos estereotipados por interesses editoriais pautados por interesses políticos e comerciais, simulacro de um conteúdo que não reflete, mas cria a necessidade no receptor. Também a realidade construída pelas imagens contemporâneas não é comunicação no sentido designativo, mas expressão de um simulacro que, como tal, ao negar a fantasia, recalca a realidade como uma ficção, operando num sistema de códigos numéricos que surgem como imagem num espaço visual transduzido da sua indexalidade para a virtualidade.

Resumo Inglês:

This paper explores the notion of reality and fiction as a representation within a semiotics process considered as a communicative paradox. Contemporary journalism is also merchandise, a complex communication system, and its product is a reality that is constructed with stereotyped arguments stemming from editorial interests that are regulated by political and commercial interests, a simulacrum of contents that do not reflect but, on the contrary, creates receptors' needs. Moreover, the reality constructed by contemporary images is not communication in the usual designative sense, but the expression of a simulacrum that, denying fantasy as it does, represses reality as if it were a fiction operating in a system of numeric codes appearing as images in a visual space that is transduced from indexality to virtuality.