até os documentários filmados na década de oitenta, a partir de duas noções centrais: cover e over. Para isso, parto de uma controvérsia com o ensaio de Ismail Xavier, Alegorias do subdesenvolvimento, em que o crÃtico realiza uma leitura do cinema brasileiro da década de sessenta através do conceito de alegoria; depois releio uma série de textos crÃticos do próprio Sganzerla, publicados em EdifÃcio Sganzerla, procurando repensar as ideias de “herói vazio†ou “cinema impuro†e sugerindo assim uma nova relação do seu cinema com o tempo e a representação; então busco articular tais ideias com certos procedimentos de vanguarda, como a falsificação, a cópia, o clichê e a colagem; e finalmente procuro mostrar que, no cinema de Sganzerla, a partir principalmente de suas reflexões sobre Orson Welles, a voz é usada de maneira a deformar a interpretação naturalista.