O crescimento urbano contemporâneo em muitas cidades da América Latina e da Ãfrica tem sido acompanhado
por nÃveis sem precedentes de violência urbana. No entanto, a América Latina resume mais essa tendência:
três das cidades mais perigosas do mundo são localizadas na região: Ciudad Juárez, San Pedro Sula e Caracas
(JÃCOME; GRATIUS, 2011, p. 2). Dessas três, Caracas é particular. Sua taxa exorbitante de homicÃdios não pode
ser atribuÃda à s guerras dos cartéis de drogas ilÃcitas que consomem o México, nem é representativa da violência de gangues que aÏ”lige a América Central. Além disso, o contexto venezuelano é distinto, porque a desigualdade,
constantemente citada como o principal catalisador para o surgimento de violência reacionária não é
caracterÃstica em aprofundamento da situação contemporânea. A insegurança caraquenha, pelo contrário, tem
sido amplamente atribuÃda à exacerbação de determinados fatores sociais, perpetuando a violência como
“[...] um ϔim em si mesmo ou um [mecanismo] para ferir/eliminar outra pessoa, a ϔim de resolver um conϔlito
interpessoal [...]†(SANJUÃN, 2002, p. 95). Por conta dessa realidade, este trabalho propõe a inclusão de
intervenções socioespaciais em iniciativas de prevenção contemporâneos. Intervenções espaciais têm mostrado
uma “[...] signiϔicativa capacidade de prevenir a ocorrência de violência nas áreas que são total ou parcialmente
excluÃdas do desenvolvimento econômico e da sociedade em geral [...]†(DÃAZ; MELLER, 2012, p. 23). Implicações
deste trabalho podem levar ao desenvolvimento de precedente de prevenção da violência predominantemente
técnico e assim melhorar o conhecimento sobre os mecanismos alternativos para evitar a insegurança. Este
estudo emprega uma ampla revisão da literatura em conjunto com análises de dados para o desenvolvimento
de uma proposta espacial para Caracas.
Contemporary urban growth in many cities in Latin American and Africa has been accompanied by unprecedented
levels of urban violence. Latin America epitomizes this trend as three of the world’s most dangerous
cities, Ciudad Juárez, San Pedro Sula, and Caracas, are located within this region (JÃCOME; GRATIUS, 2011, p.
2). Of these three, Caracas is notable because its exorbitant homicide rate cannot be explicitly attributed to
the illicit drug trade-cartel wars that consume Mexico, nor is it represented by the civil conÏlict-gang violence
that afÏlicts Central America. Moreover, the Venezuelan context is further distinguished as inequality, which is
consistently cited as the primary catalyst for the emergence of everyday reactionary violence, is not overtly
characteristic of the contemporary situation. Rather, caraqueño insecurity has largely been attributed to the
exacerbation of social factors that perpetuate violence as “[…] an end in itself or a [mechanism] to injure/
eliminate another person in order to resolve an interpersonal conÏlict […]†(SANJUÃN, 2002, p. 95). Based
on this reality, this work proposes the inclusion of socio-spatial interventions into contemporary prevention
initiatives. Spatial interventions have shown a “[…] signiÏicant capacity to prevent the occurrence of violence
in areas that are either totally or partially excluded from economic development and larger society […]†(DÃAZ;
MELLER, 2012, p. 23). Implications of this work have the capacity to augment predominantly technical violence
prevention precedent and enhance knowledge on alternative mechanisms to prevent insecurity. This
study employs a comprehensive literature review in conjunction with data analyses in the development of
a spatial proposal for Caracas.