Desde a década de 1980 e, mais evidentemente, a partir da década de 1990 a
Sociologia da Infância tem se expandido e se consolidado enquanto campo teórico
significativo para se pensar a educação e o universo cultural das crianças pequenas.
Pesquisas de origens portuguesas, francesas e inglesas, entre outras, mostram, sob
diferentes temáticas e arranjos teóricos, as contribuições e a relevância desse campo.
Este artigo procura reunir diferentes obras da Sociologia da Infância, no intuito de
esboçar um mapa de seus principais temas e pressupostos. Neste artigo será abordado
o tema do protagonismo infantil de acordo com a ideia de que as crianças são atores
sociais e que as noções a respeito do que vem a ser a criança ou a infância são
construÃdas socialmente. Os processos de socialização também são debatidos e
questionados, pois por meio deles se (re)configuram ritos e rituais, produzindo o que
vem sendo chamado de cultura ou culturas infantis. Esses temas lançam, por fim, um
desafio para a Sociologia da Infância: como desenvolver metodologias adequadas de
pesquisas com crianças, no intuito de aprimorar o que conhecemos e o que fazemos
com e por elas?