Este estudo reflete sobre a solidariedade na prática da medicina de famÃlia no Brasil e na Itália, na perspectiva de buscá-la como um princÃpio ético na relação entre médico de famÃlia e sujeito. Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva, realizada em Florianópolis, Brasil, e na ProvÃncia de Roma, Itália, com 14 médicos de famÃlia brasileiros e 15 médicos de famÃlia italianos. Sob o referencial da teoria de poder simbólico de Pierre Bourdieu, os resultados mostraram a importância do papel do médico de famÃlia na materialização deste princÃpio ético, enquanto porta-voz autorizado pelo saber cientÃfico e agente de uma polÃtica de Estado. A solidariedade foi apreendida, neste recorte, sob distintos domÃnios, e as produções discursivas também expressaram a negação da solidariedade nesta prática. Em nÃvel macro, a globalização revelou-se um desafio contemporâneo para o exercÃcio ético e solidário da medicina de famÃlia.
This study reflects on solidarity in the practice of family medicine in two realities. The objective is to search for solidarity as an ethical principle in the relationship between family doctor and subject. It is a descriptive exploratory research carried out in Florianópolis, state of Santa Catarina, Brazil, and in the Province of Rome, Lazio Region, Italy. It included fourteen Brazilian family doctors and fifteen Italian family doctors. The theoretical framework consisted of Pierre Bourdieu's theory of Symbolic Power. The results show the importance of the role of the family doctor in the materialization of this ethical principle, as a spokesman for scientific knowledge and as an agent of a State policy. Solidarity was understood within distinct domains and the discursive productions also demonstrated the negation of solidarity in such practice. Globalization proved to be a contemporary challenge for an ethical practice of family medicine that is marked by solidarity.
Este estudio reflexiona sobre la solidaridad em la práctica de la medicina de familia em Brasil y em Italia, en la perspectiva de buscarla como un principio ético en la relación entre médico de familia y sujeto. Se trata de una investigación exploratorio-descriptiva en Florianópolis, Brasil, y en la provincia de Roma, Italia, con 14 médicos de familia brasileños y 15 médicos de familia italianos. Bajo el referente de la teorÃa de poder simbólico de Pierre Bourdieu, los resultados mostraron la importancia del papel del médico de familia en la materialización de este principio ética como portavoz autorizado por el saber cientÃfico y agente de una polÃtica de Estado. La solidaridad se ha considerado bajo distintos dominios; y las producciones discursivas también expresan la negación de la solidaridad en esta práctica. A nivel macro, la globalización se revela un desafÃo contemporáneo para el ejercicio ético y solidario de la medicina de familia.