Ouve-se, nos anos recentes, no Brasil, a expressão “teologia públicaâ€. A alguns, tal termo parece pleonasmo: se a teologia como discurso sobre Deus não for pública, articulada no âmbito aberto deste mundo e dirigida a toda pessoa humana disposta ao diálogo, ela não corresponde ao que deveria ser. Vista assim, a teologia ou é pública, ou não é teologia. Contudo, é preciso levar em consideração o contexto histórico que deu origem a esse modo de falar: o contexto de uma teologia meramente eclesial, magisterial até, que não se dirigia à s pessoas fora da Igreja e, muitas vezes, nem mesmo aos fiéis leigos, pelo menos não em termos de diálogo, pois eram meros destinatários de doutrinas, não parceiros de diálogo.