Teoria Crítica e Literatura: a distopia como ferramenta de análise radical da modernidade

Anuário De Literatura

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Pós-Graduação em Literatura - Centro de Comunicação e Expressão - Campus Universitário - Trindade - Florianópolis
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ISSN: 21757917
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 30/11/1993
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

Teoria Crítica e Literatura: a distopia como ferramenta de análise radical da modernidade

Ano: 2013 | Volume: 18 | Número: 2
Autores: Leomir Cardoso Hilário
Autor Correspondente: Anuário de Literatura | anuariodeliteratura.cce@gmail.com

Palavras-chave: teoria crítica, literatura, distopia, modernidade, barbárie

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Resumo Português:

Este artigo procura propor que o gênero literário conhecido como distopia se configura, a partir do prisma da teoria crítica da sociedade, como ferramenta de análise radical da modernidade. Para tanto, é feita uma breve caracterização do que seria tal gênero literário a partir das noções de horizonte utópico e função distópica. A partir daí se elegem três obras distópicas para pôr a prova tal argumentação: 1984, de Orwell; Fahrenheit 451, de Bradbury; e Admirável Mundo Novo, de Huxley. Destacando algumas características destes livros, é possível lançar luz acerca de traços marcantes do nosso contemporâneo, tais quais: as formas de controle da subjetividade, a configuração hipertecnológica da atual sociedade e a dinâmica de submissão da cultura à civilização. Afirma-se, deste modo, a literatura como dispositivo a partir do qual se torna possível realizar uma crítica das forças que constituem o presente. Estas distopias são, pois, formas de resistência face aos efeitos de barbárie cada vez mais presentes no tecido social.