Este artigo apresenta e analisa alguns desafios vividos durante um trabalho de campo na favela do Turano, localizada no Rio de Janeiro, durante o período no qual fui gestor social do Programa Territórios da Paz, da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro. Trata-se de refletir sobre essa experiência à luz do debate antropológico e sociológico sobre trabalho de campo. Mais especificamente, tratarei de uma questão pela qual passam todos aqueles que fazem trabalho de campo: a classificação social do pesquisador pelos sujeitos de pesquisa. O artigo destaca a importância de uma perspectiva relacional em campo para melhor compreender as relações estabelecidas no cotidiano.
This paper presents and analyzes some challenges experienced during a fieldwork at the Turano slum, located in Rio de Janeiro, during the period in which I worked as social manager of the programme "Territories of Peace" created by the Secretariat of Social Assistance and Human Rights of the State of Rio de Janeiro. This paper discuss the experience through anthropological and sociological debate regarding fieldwork research. More specifically, I will discuss a common topic to all fieldworkers: the social classification of the researcher by the subjects of the research itself. The article highlights the importance of a relational perspective in the field in order to create a better understanding of the relationship established at daily basis.