O presente artigo tem como objetivo compreender e analisar a obra de maturidade do filosofo húngaro György Lukács denominada: Para uma ontologia do ser social, em especial como Lukács entende o complexo das classes sociais e o problema da consciência da classe “em-si” e o processo de superação “para-si”. Nossa hipótese é a seguinte: conforme Lukács considera em sua obra,o trabalho é o complexo fundante do ser social, é por meio dele que os homens transformam a natureza em sua base material e consequentemente a si mesmo em uma relação dialética em um processo de teleologia e causalidade, que deriva formas cada vez mais complexas, o que torna o trabalho como modelo da práxis social.Em função dessa hipótese, nossa intenção é mostrar que o processo de consciência de classe da passagem da classe “em-si” para classe “para-si” não é um ato espontâneo, mas um processo que demanda um conjunto de mediações que, no entanto se aliena no decorrer do desenvolvimento histórico, a sociedade burguesa lança a humanidade uma contradição permanente e antagônica, entre detentores e não detentores de determinado estatuto de propriedade, entre burguesia e proletariado, bem como uma fragmentação da totalidade social.
The present research aims at understanding and analyzing the work of maturity of the Hungarian philosopher GyörgyLukács, entitled: Toward an ontology of social being, especially as Lukács understands the complex of social classes and the problem of the consciousness of the “in-itself ” class and the process of overcoming “for-itself”. Our hypothesis is that, as Lukács considers in his work, work is the founding complex of the social being, it is through him that men transform nature into its material base and consequently itself into a dialectical relationship in a process of teleology and causality, which derives increasingly complex forms, which makes the work as a model of social praxis.With this hypothesis, our intention is to show that the process of class consciousness from the passage of class “in-itself ” to class “For-itself ” is not a spontaneous act, but a process that demands a set of mediations that, however, is alienated in the course of historical development, bourgeois society launches humanity a permanent and antagonistic contradiction between holders and non-owners of determined property status, between bourgeoisie and proletariat, as well as a fragmentation of social totality.