OBJETIVOS: Descrever um caso de tromboembolismo pulmonar (TEP) em uma criança portadora de distrofia muscular de Duchenne.
MÉTODOS: As informações foram obtidas através de revisão do prontuário médico do paciente acrescido de discussão com base em revisão bibliográfica. Discussão: TEP não é comum entre crianças, sendo que, em 95% dos casos, há uma causa subjacente, entre elas a doença de Duchenne que é uma afecção predisponente devido ao estado de hipercoagulabilidade. O diagnóstico da população pediátrica não conta com testes validados como para adultos, nesse caso a angiotomografia foi o exame de escolha com sensibilidade e especificidade acima de 90%. Além do diagnóstico, é essencial a classificação de risco, a qual é necessária para a escolha terapêutica. Nesse sentido, pacientes de baixo risco recebem anticoagulação, enquanto pacientes de alto risco recebem terapia com drogas trombolíticas; em pacientes com contraindicações para essas classes medicamentosas pode ser necessária intervenção cirúrgica. A identificação correta e o manejo precoce são fundamentais para a interrupção na progressão da doença e prevenção das sequelas, bem como para evitar abordagens invasivas desnecessárias.
CONCLUSÃO: Devido à dificuldade diagnóstica do tromboembolismo pulmonar na população pediátrica, é essencial realizar uma investigação clínica detalhada, por meio da realização de diagnóstico diferencial e avaliação dos fatores de risco, visto que outras doenças podem mimetizar essa condição clínica, que pode cursar com sinais e sintomas inespecíficos.
OBJECTIVES: To describe a clinical case of pulmonary thromboembolism (PE) in a child with Duchenne muscular dystrophy.
METHODS: A detailed description of the clinical picture and a review of the patients medical record were carried out, in addition to a discussion based on a literature review.
DISCUSSION: PTE is not common in children and in 95% of cases it is secondary to an underlying cause or disease, with Duchennes disease being a predisposing condition due to the hypercoagulable state. Diagnosis in the pediatric population is not supported by tests validated as for adults; in this case, CT angiography was the exam of choice with sensitivity and specificity above 90%. In addition to diagnosis, a risk classification is essential, and supports the therapeutic choice. Therefore, low-risk patients receive anticoagulation, while high-risk patients receive thrombolytic therapy; in patients with contraindications to these drugs, surgical intervention may be necessary. Correct identification and early management are essential to delay disease progression and prevent sequelae, as well as avoid unnecessary invasive approaches.
CONCLUSION: Due to the difficulty in diagnosing pulmonary thromboembolism in children, a detailed clinical investigation is essential, through the discussion of differential diagnoses and assessment of risk factors, since other diseases can mimic this clinical condition, which can present with signs and nonspecific symptoms.