Tromboflebite pélvica séptica em puérpera: relato de caso

Revista de Medicina da UFC

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ISSN: 24476595
Editor Chefe: Renan Magalhães Montenegro Júnior
Início Publicação: 30/11/2014
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Tromboflebite pélvica séptica em puérpera: relato de caso

Ano: 2019 | Volume: 59 | Número: 4
Autores: Mayanna Oliveira Rolim, Nadiejda Mendonça Aguiar Nobre, Marcelo Lopes Barbosa, Emilcy Rebouças Gonçalves, Danielle Mourão Martins, Camila Sampaio Nogueira
Autor Correspondente: Mayanna Oliveira Rolim | mayannarolim@hotmail.com

Palavras-chave: tromboflebite, ovário, febre, puerpério, pós-parto, anticoagulantes

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Introdução: A trombose de veia ovariana (TVO) é uma condição rara mas potencialmente grave, ocorrendo predominantemente no período pós-parto. A clínica é inespecífica, geralmente manifestando-se como síndrome abdominal dolorosa febril. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 32 anos, gestante (G4P4 vaginais), a termo com quadro clínico de convulsão seguida de parada cardiorrespiratória no hospital de origem. Evoluiu para parto vaginal após drogas sedativas e hemorragia puerperal levando a choque hipovolêmico revertido após drogas vasoativas. Paciente iniciou quadro de febre persistente apesar de culturas negativas e uso de antibióticos de largo espectro. Realizado tomografia computadorizada (TC) de abdome e pelve que evidenciou tromboflebite de veia gonadal direita. Iniciado anticoagulação plena com melhora do quadro febril após 48 horas. Conclusão: A paciente do caso apresentou melhora clínica logo em seguida a anticoagulação e não houve efeitos adversos. Nos últimos 20 anos, a introdução da TC e da ressonância magnética (RNM) revolucionou o diagnóstico de tromboflebite pélvica que permite avaliar o diagnóstico e inclusive a resposta à terapia com heparina. O manejo anticoagulante da TVO persiste controverso até os dias atuais, porém quando associado à antibióticos apresentou-se segura e com boa reposta clínica.