O artigo tem o propósito de analisar o romance Finisterra, do escritor português Carlos
de Oliveira, a partir de critérios formais. Em função disso, em vez de uma leitura
interessada em focalizar tão somente o conteúdo da obra, o que se sugere ao longo do
texto é uma abordagem que, sem desconsiderar o contexto, evidencie que as obras neorealistas
não são meros pretextos para a exposição de um discurso marxista, mas sim
produções resultantes de um trabalho cuidadoso com as palavras.
The essay has the purpose of analyzing the novel Finisterra, by the Portuguese writer
Carlos de Oliveira, using formal criteria. Due to this, instead of a reading interested in
just paying attention to the content of the work, it suggests an approach that, without
disregarding the context, evidences that the neo-realist works are not mere pretext to the
exposition of a Marxist discourse, but productions resultant of a careful work with the
words.