UTILIZAÇÃO DE REJEITO CARBONOSO CALCINADO PARA O TRATAMENTO DE ÁGUAS ATINGIDAS POR CONTAMINANTES DA MINERAÇÃO DO CARVÃO

Revista de Ciências Ambientais

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ISSN: 19818858
Editor Chefe: Cristina Vargas Cademartori
Início Publicação: 31/07/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

UTILIZAÇÃO DE REJEITO CARBONOSO CALCINADO PARA O TRATAMENTO DE ÁGUAS ATINGIDAS POR CONTAMINANTES DA MINERAÇÃO DO CARVÃO

Ano: 2012 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: Alexandre Blos Borges, Helen Nuernberg Ronchi, Thatiane Cordini Fernandes, Claus Tröger Pich, Reginaldo Geremias
Autor Correspondente: Alexandre Blos Borges | reginaldogeremias@gmail.com

Palavras-chave: rejeito carbonoso calcinado, Rio Urussanga (SC/Brasil), pH, metais, toxicidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A indústria carbonífera é uma das principais atividades econômicas do sul de
Santa Catarina, Brasil. Entretanto, gera rejeitos carbonosos não aproveitados
economicamente e capazes de contaminar mananciais hídricos, incluindo o Rio
Urussanga. Este trabalho teve como objetivo utilizar rejeito carbonoso calcinado
para o tratamento de águas atingidas por resíduos da mineração de carvão. Amostras
de águas do Rio Urussanga e de rejeitos carbonosos foram coletadas. O rejeito
foi submetido à calcinação para obtenção de óxidos de metais. As águas foram
tratadas com rejeito carbonoso calcinado em sistema de batelada. Antes e após o
tratamento, foram determinadas as concentrações dos íons de metais Al (III), Fe
(III) e Mn (II) e o pH. Foram efetuados ensaios de toxicidade aguda em Artemia sp.
e Daphnia magna expostos a diferentes diluições das águas não tratadas e tratadas,
sendo determinada a concentração letal média (CL50) para Artemia sp. e o Fator
de Diluição (FD) para Daphnia magna. O teste de fitotoxicidade foi realizado em
Allium cepa L. expostas às águas não tratadas e tratadas, sendo avaliada a inibição
do crescimento das raízes. Os resultados permitem demonstrar que o tratamento
elevou o pH e promoveu expressiva remoção dos íons de metais. Foi observado
que após o tratamento não houve mortalidade para Artemia sp., sendo constatada
a redução da toxicidade para Daphnia magna e crescimento normal das raízes em
Allium cepa L. Concluiu-se que o rejeito carbonoso calcinado poderia ser utilizado
como uma alternativa de tratamento das águas atingidas por contaminantes da
mineração do carvão.



Resumo Inglês:

The coal industry is one of the main economic
activities in southern of Santa Catarina, Brazil. However, it generates carbonous waste
not recovered economically, which could contaminate water sources, including the
Urussanga River. This study aimed to use of the calcinated carbonous waste for the
treatment of contaminated water by waste from coal mining. Water samples from
Urussanga River and carbonous waste were collected. The waste was subjected to
calcination to obtain metal oxides. The waters of the river were treated with calcinated
carbonous waste in batch system. Were determined the concentrations of metal ions
Al (III), Fe (III) and Mn (II) and the pH before and after the treatment. Was performed
acute toxicity tests on Daphnia magna and Artemia sp. exposed to different dilutions
of untreated and treated water and determined the median lethal concentration (LC50)
for Artemia sp. and Dilution Factor (DF) to Daphnia magna. Phytotoxicity test was
conducted in Allium cepa L. exposed to untreated and treated water, and evaluated
the inhibition of root growth. The results indicated that the treatment increased the pH
as well as it promoted an expressive removal of metal ions. It was observed that after
treatment there was no mortality in Artemia sp. and it was found to reduce the toxicity
to Daphnia magna and normal growth of roots in Allium cepa L. In conclusion, the
use of the calcinated carbonous waste could be considered as an alternative for the
treatment of waters affected by contaminants from coal mining.