Parece-me que grande parte da teoria humana, desde seus primórdios até a modernidade, sempre constituiu-se de duas partes fundamentais: a primeira, e talvez a mais importante, são os pressupostos humanos que a embasam e que, embora não sejam testáveis, sustentam todo o querer dessa teoria; a segunda, e não menos importante, é a proposta utópica de sociedade que sugere, como passível, a teoria, e que, por tal, constrói artefatos e artifícios discursivos.