Objetivando conhecer as concepções de pré-escolares acerca do envelhecimento humano e identificar mitos e estereótipos relacionados à velhice, realizou-se um estudo exploratório descritivo de abordagem qualitativa numa escola municipal de Tapejara/RS. Os dados foram coletados por meio de oficinas no perÃodo de agosto a setembro/2005 e o que emergiu das falas dos escolares foi categorizado utilizando-se a análise temática segundo Minayo (1998). ExtraÃram-se duas categorias: concepção das crianças acerca do envelhecimento humano e mitos e estereótipos acerca do envelhecimento e velhice. A primeira categoria subdividiu-se em três subcategorias: experiência de vida; vivência e trabalho; convivência e conflito; a segunda, em proximidade com a finitude humana e perdas relacionadas ao processo de envelhecimento. As crianças expressaram nas falas que a concepção relacionada ao envelhecimento e velhice é construÃda gradativamente, pois se faz no decorrer do seu desenvolvimento e formação como pessoa, de acordo com as relações sociais estabelecidas com o meio em que estão inseridas. Percebem doenças e limitações como constitutivas desse processo, mas têm prazer no cultivo do convÃvio com o idoso que conhecem, mostrando que as relações intergeracionais são significativas na construção da concepção do envelhecimento e da velhice. Portanto, a escola pode oportunizar essa reflexão e o encontro intergeracional, pois entender que uma integração baseada na solidariedade e educar nesse sentido, oportunizando uma reflexão da vida e do seu curso natural, são formas de contribuir para uma qualidade de vida em todas as etapas, inclusive a velhice.