Introdução: o tratamento da lesão intraepitelial de alto grau do colo uterino (LIEAG), precursora de carcinoma invasor, é realizado preferencialmente por conização. Objetivo: correlacionar a evolução clínica de pacientes acometidas por LIEAG submetidas a conização com dados do espécime cirúrgico e com fatores epidemiológicos. Metodologia: estudo retrospectivo de 60 pacientes submetidas a conização por cirurgia de alta frequência (CAF) de 2012 a 2015, cujo acompanhamento da evolução foi realizado com exame citopatológico e colposcópico. Foram excluídas as pacientes gestantes, imunossuprimidas, que tinham se submetido apenas à biópsia, conização a frio ou histerectomia e resultados anatomopatológicos sem descrição das margens cirúrgicas. Resultados: a medida da altura da peça variou de 0,5 a 3,3 cm. Dez pacientes apresentaram recidiva. Não houve influência de idade ou fumo e contracepção. Houve diferença significativa entre a profundidade da peça e a ocorrência de margens comprometidas.Visando diminuir as complicações da conização, observa-se uma tendência a redução do tamanho das peças. Este estudo mostrou aumento do risco de margens comprometidas em tais situações, sem repercussão na recidiva de doença. Conclusão: a ocorrência de margens comprometidas foi maior em espécimes menores de conização, mas esse tamanho não influenciou no risco de recidiva de lesão induzida pelo HPV (Papiloma Vírus Humano).