O Brasil apresenta características que podem fazer do seu território o grande celeiro mundial para produção de organismos piscícolas cultivados. No entanto, para isso, é fundamental estudar os parâmetros físico e químico da água das áreas de cultivo, para que se possam buscar estratégias para evitar erros de manejos. Com isso, objetivou-se avaliar a dinâmica espacial dos parâmetros físicos e químicos da água de viveiros de piscicultura e sua relação de dependência. O estudo foi realizado em um viveiro escavado em terreno natural, localizado em uma propriedade, adjacente à fazenda experimental da escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, da Universidade Federal do Tocantins, no município de Araguaína. Os pontos para coleta no grid foram obtidos através de GPS, considerando as dimensões da área total. Em cada ponto georreferenciado, foram realizadas coletas em duas profundidades diferentes, uma a 20 cm da superfície da água (profundidade 1), e outra a 20 cm do fundo do tanque (profundidade 2), totalizando 108 amostras. Ocorreu grande variabilidade entre as profundidades para maioria das variáveis. Na estatística descritiva foi observado coeficiente de variação de grau moderado apenas para oxigênio dissolvido. Na análise dos semivariogramas, apenas a variável condutividade elétrica demonstrou efeito pepita puro. Foi verificada dependência espacial entre as variáveis estudadas nas duas profundidades. Através da geoestatística, foi possível evidenciar alteração na distribuição espacial dos parâmetros físicos e químicos: oxigênio dissolvido, temperatura da água e pH, mas não foi útil para condutividade elétrica, dada sua baixa variabilidade espacial. Os parâmetros físicos e químicos da água dos tanques de piscicultura são influenciados pelas práticas de manejo, sendo facilmente detectado através dos mapas de isolinhas.