Papel atual das estratégias ventilatórias protetoras no período perioperatorio: artigo de revisão

Revista de Medicina da UFC

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ISSN: 24476595
Editor Chefe: Renan Magalhães Montenegro Júnior
Início Publicação: 30/11/2014
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Papel atual das estratégias ventilatórias protetoras no período perioperatorio: artigo de revisão

Ano: 2018 | Volume: 58 | Número: 1
Autores: Inara Nobre de Castro, Lorena Antônia Sales de Vasconcelos Oliveira, Flavio Lobo Maia, Juliana Rosa Melo, Fernanda Paula Cavalcante
Autor Correspondente: Inara Nobre de Castro | inara.nobre@yahoo.com.br

Palavras-chave: anestesia, ventilação, período intraoperatório, complicações pós-operatórias

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Os fármacos anestésicos utilizados para indução e manutenção de anestesia geral provocam alterações da dinâmica respiratória, fazendo-se necessário o uso de estratégias ventilatórias perioperatórias. A ventilação mecânica, apesar de ser uma terapia de suporte essencial, não é isenta de riscos. Dentre estes, podemos citar complicações pulmonares pós-operatórias (CPPs), que apresentam alta prevalência e potenciais implicações graves. Fatores cirúrgicos, anestésicos e do paciente contribuem para o desenvolvimento de CPPs. Essa revisão faz uma análise de artigos publicados recentemente na literatura sobre ventilação mecânica e suas consequências na morbimortalidade em pacientes cirúrgicos. Por várias décadas e até recentemente, o manejo ventilatório durante cirurgia esteve associado a altos volumes corrente (VC), ausência de pressão expiratória positiva (PEEP) e altas frações inspiradas de oxigênio (FiO2). Avanços crescentes na compreensão da fisiopatologia de lesão pulmonar induzida por ventilação mecânica, por meio de estudos experimentais, observacionais e randomizados, indicam a necessidade de se instituir estratégias ventilatórias protetoras perioperatórias. Estas estratégias incluem, de maneira geral, a utilização de baixos VC, uso de PEEP, manobras de recrutamento alveolar e baixa FiO2.