O presente artigo tem o objetivo de contribuir para a compreensão e análise da violência doméstica contra crianças e adolescentes. Argumentamos que para o enfrentamento político deste fenômeno é necessário o investimento em políticas publicas e a qualificação do atendimento. A violëncia doméstica vem adquirindo maior visibilidade social, porém continua sendo um tema tratado como tabu, quase sempre considerado de interesse privado. É um fenômeno banalizado e naturalizado socialmente, que encontra resistências quanto a problematizacao da família como uma instituição perpassada por conflitos e contradições e quanto a vergonha ou medo da exposição. Neste sentido parece-nos indispensável a discussão conceitual de violência doméstica e da família na contemporaneidade, com perspectiva de superação de abordagens moralizantes e estigmatizantes.
