O presente artigo visa apresentar apontamentos sobre o método histórico-sistemático a partir das reflexões de Carlos Nelson Coutinho, expor o sistema categorial de Lukács mostrado pelo autor brasileiro, no sentido de afirmar a necessidade do método para o julgamento do realismo em arte. Isso se justifica na tentativa de superar posições reducionistas que afirmam a concepção de arte realista de Lukács, mas que não esclarecem o modo de julgar uma obra de arte, literária, mais especificamente. Ao olvidar o movimento metodológico, corre-se o risco de transformar o realismo num supra conceito desvinculado do movimento do real e que, pré-estabelecido, julga de fora as concreções objetivas artísticas através de parâmetros subjetivos do crítico.