Ulisses no carro do sol

Odisseia

Endereço:
Avenida Senador Salgado Filho, 3000 - Lagoa Nova
Natal / RN
59078-970
Site: https://periodicos.ufrn.br/odisseia/index
Telefone: (84) 3342-2220
ISSN: 1983-2435
Editor Chefe: Samuel Anderson de Oliveira Lima e Marcelo da Silva Amorim
Início Publicação: 31/07/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística

Ulisses no carro do sol

Ano: 2018 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: Daniel Vecchio Alves
Autor Correspondente: D. V. Alves | danielvecchioalves@hotmail.com

Palavras-chave: épica, memória, sentido, olhar, viagem

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo, a epopeia homérica será a fonte escolhida para demonstrar um conjunto de saberes estabelecido anteriormente aos naturalistas jônicos. Em nossa hipótese de leitura, a épica de Homero já apresenta um inicial posicionamento naturalista, a começar pelo fato de suas obras constituírem, a partir da experiência de morte, um elogio à própria vida. E para demonstrar esse jogo de antíteses entre as duas experiências, veremos que, na épica homérica, a presença do relato de viagem tem o propósito de registrar o real exclusivamente apreendido pelos sentidos humanos, mesmo nas cenas mais subjetivas que envolvem lugares infernais e seres lendários. Não afirmaremos tal característica a ponto de transformarmos Homero num empírico, mas trata-se de uma primeira alternativa frente o passado maravilhoso evocado pelos aedos da tradição.



Resumo Inglês:

In this article, the Homeric epic will be the chosen source to demonstrate a set of knowledges previously established to the Ionian naturalists. In our reading hypothesis, the epic of Homer already presents an initial naturalistic position, starting with the fact that his works constitute, from the experience of death, a compliment to life. And to demonstrate this set of antitheses between the two experiences, we will see that in the Homeric epic the presence of travel report is meant to record the real, exclusively seized by the human senses, even in the most subjective scenes involving infernal places and legendary beings. We will not assert such characteristic to the point of turning Homer into an empiric, but it is really a first alternative to the wonderful past evoked by the innumerable prophets.