Desafios e perspectivas frente aos manuscritos da Biblioteca Nacional

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ISSN: 23596910
Editor Chefe: Leonardo Lennertz Marcotulio
Início Publicação: 28/02/2015
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Desafios e perspectivas frente aos manuscritos da Biblioteca Nacional

Ano: 2019 | Volume: 5 | Número: 2
Autores: Ana Lúcia Merege
Autor Correspondente: Ana Lúcia Merege | anamerege@gmail.com

Palavras-chave: Fundação Biblioteca Nacional. Arquivos. Redes Sociais. Educação. Paleografia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Durante o I Colóquio Luso-Brasileiro de Paleografia, realizado no Arquivo Nacional em maio de 2017, um dos palestrantes citou várias instituições mantenedoras de documentos antigos ou modernos cuja leitura exige conhecimentos de Paleografia. A Fundação Biblioteca Nacional, cuja Divisão de Manuscritos possui cerca de um milhão de itens, não foi sequer mencionada. Este artigo se destina, em primeiro lugar, a refletir sobre as causas dessa aparente invisibilidade dos documentos arquivísticos custodiados pela instituição. Destacamos entre elas a prática de perpetuar uma metodologia de trabalho construída com base no que se praticava nos primeiros tempos da Biblioteca Nacional, quando a Biblioteconomia não estava consolidada como ciência no Brasil, e, nas décadas seguintes, a dificuldade de dar capacitação aos servidores da casa, tendo em vista a não-obrigatoriedade do estudo de Paleografia na maior parte dos cursos de Biblioteconomia e a pouca oferta de cursos e pós-graduações. Em contrapartida, mostramos como o diálogo entre a Biblioteca Nacional e várias outras instituições custodiadoras de acervo arquivístico, no Brasil e no exterior, se estreitou nos últimos anos, com a adoção de novos métodos e critérios de descrição e disponibilização do acervo e um esforço tanto institucional quanto pessoal para agregar novas competências, inclusive no campo da Paleografia. Também levantamos alguns pontos sobre a divulgação do acervo, mostrando como iniciativas simples - tais como a publicação de manuscritos e transcrições na Revista de História da BN e nas redes sociais - vêm dando visibilidade aos documentos e despertando o interesse do público. 



Resumo Inglês:

During the First Luso-Brazilian Paleography Colloquium, held in the National Archives of Brazil in May 2017, one of the panelists cited several institutions that hold historic documents, which study requires paleography knowledge. However, National Library Foundation, whose collection contains almost a million manuscripts, was not mentioned. Firstly, this article is intended to consider the causes of the apparent invisibility of the archival collection held by the National Library Foundation. Among others, we highlight the existence of a working methodology which was established in the beginning of this institution and the efforts of National Library Foundation to train new staff members, since paleography classes are not compulsory in the majority of bachelor degrees and graduate degrees in Library Science courses in Brazil. Nonetheless, we show how the communication between National Library Foundation and other archival collection institutes neared in recent years, due to the adoption of new benchmarks and new availability set, as well as the institutional and personal effort to aggregate new expertise in paleography and other fields. Additionally, we point out some collection promotion aspects with the purpose of demonstrating how simple initiatives, such as publishing manuscripts and transcriptions at National Library History Magazine, and its diffusion in social networks, have been enhancing document collection visibility and arousing public interest.