Caminhos Indígenas: Espaços de movimentação pela Amazônia

Espacialidades

Endereço:
Avenida Senador Salgado Filho, 3000 - Lagoa Nova. CCHLA, Sala 812.
Natal / RN
59078-970
Site: https://periodicos.ufrn.br/espacialidades
Telefone: (84) 8826-6737
ISSN: ISSN: 1984-817X
Editor Chefe: Lígio José de Oliveira Maia
Início Publicação: 30/11/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

Caminhos Indígenas: Espaços de movimentação pela Amazônia

Ano: 2019 | Volume: 15 | Número: 2
Autores: D. Belik
Autor Correspondente: D. Belik | dbbelik@gmail.com

Palavras-chave: caminhos indígenas, mobilidade, percepção espacial, interflúvios, amazônia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esse artigo visa, por meio de exemplos históricos e etnográficos, tentar compreender a forma como os indígenas na Amazônia constroem as experiências espaciais na floresta percorrendo os caminhos. Muitos estrangeiros penetraram a Amazônia seguindo os cursos dos rios principais, pouco podendo informar sobre o espaço dos divisores de águas que se estendem entre os rios. Para isso, foi necessário se deixar levar por guias, intérpretes e remeiros indígenas (Kok, 2009; Roller, 2012) que conheciam a movimentação pelos caminhos na floresta. Baseado em Ingold (2000; 2010) comparo que enquanto a experiência de caminhar na floresta sempre foi parte integral da vida dos povos indígenas; para quem penetrou a selva vindo de fora, a floresta foi vista de modo utilitário, como caminhos a serem abertos e distâncias superadas.



Resumo Espanhol:

The article offers historical and ethnographical examples of how Amazonian indigenous people perceive the spatial dimensions of the forest; taking into account the routes they have taken. Since colonization, collaboration between indigenous informants and layman explorers was crucial for the latter to penetrate terrestrial and fluvial routes within the forest (Kok, 2009; Roller, 2012). Based in Ingold (2000; 2010), I compare that, while exchanges were an integral part of the lives of indigenous people, for the explorers, these paths did not have the same connotation, being used only for its significance as infrastructure being transportation routes or as ways to explore and conquer the indigenous territory.