Em Belém do Pará, a partir da década de 1950, com o Plano de Valorização Econômica da Amazônia, e da década seguinte, com o Modelo de Crescimento Desequilibrado Corrigido, houve um intenso fluxo migratório a partir do interior do estado e, dessa forma, uma grande ocupação de áreas periféricas da cidade. No campo das mentalidades, percebe-se que os moradores de Belém se atrelavam ainda às lendas e mitos. Este artigo objetiva analisar a construção dessas lendas em bairros periféricos de Belém, buscando fundamentos e hipóteses na memória e na paisagem, entendendo como os moradores dessas áreas experienciam a espacialidade local e projetam-na na mentalidade. Para isto, utilizaremos fontes primárias, como entrevistas realizadas com moradores de bairros periféricos da cidade e reportagens dos jornais A Província do Pará e Diário do Pará, e secundárias, como a literatura produzida no período (crônicas, livros de lendas) e estudos sobre o folclore amazônico.
Em Belém do Pará, a partir da década de 1950, com o Plano de Valorização Econômica da Amazônia, e da década seguinte, com o Modelo de Crescimento Desequilibrado Corrigido, houve um intenso fluxo migratório a partir do interior do estado e, dessa forma, uma grande ocupação de áreas periféricas da cidade. No campo das mentalidades, percebe-se que os moradores de Belém se atrelavam ainda às lendas e mitos. Este artigo objetiva analisar a construção dessas lendas em bairros periféricos de Belém, buscando fundamentos e hipóteses na memória e na paisagem, entendendo como os moradores dessas áreas experienciam a espacialidade local e projetam-na na mentalidade. Para isto, utilizaremos fontes primárias, como entrevistas realizadas com moradores de bairros periféricos da cidade e reportagens dos jornais A Província do Pará e Diário do Pará, e secundárias, como a literatura produzida no período (crônicas, livros de lendas) e estudos sobre o folclore amazônico.