Neste texto, exploro a dimensão assumida pelo corpo nas análises foucaultianas e feministas, tendo como foco a produção de um corpo-mulher e um corpo-lésbico por meio dos esquemas de verdade coloniais e hétero-patriarcais, fundamentados em uma suposta natureza que camuflou a multiplicidade de nossas subjetividades e desejos. Procuro mostrar como tais corpos podem ser pensados como um efeito do biopoder, do dispositivo da sexualidade e do sistema sexo/gênero. Ao mesmo tempo, mostro também que só é possível haver corpo diante da interação com o poder, e que as tecnologias que buscam normalizá-lo sempre podem falhar ou serem reapropriadas por corpos indóceis, subversivos, nômades. Para tanto, dialogo com autores e autoras como Michel Foucault, Gayle Rubin, Monique Wittig e Paul B. Preciado.
In this text, I explore the dimension assumed by the body in Foucauldian and feminist analyzes, focusing on the production of a woman-body and a lesbian-body through colonial and hetero-patriarchal truth schemes, based on a supposed nature that camouflaged the multiplicity of our subjectivities and desires. I try to show how such bodies can be thought of as an effect of biopower, the sexuality device and the sex / gender system. At the same time, I also show that it is only possible to have a body in the face of the interaction with power, and that technologies that seek to normalize it can always fail or be reappropriated by indolent, subversive, nomadic bodies. Therefore, I dialogue with authors like Michel Foucault, Gayle Rubin, Monique Wittig and Paul B. Preciado.
En este texto, exploro la dimensión asumida por el cuerpo en los análisis foucaultianos y feministas, centrándome en la producción de un cuerpo de mujer y un cuerpo de lesbianas a través de esquemas de verdad coloniales y heteropatriarcales, basados en una supuesta naturaleza que camufló el multiplicidad de nuestras subjetividades y deseos. Trato de mostrar cómo tales cuerpos pueden considerarse como un efecto de biopoder, el dispositivo de sexualidad y el sistema de sexo / género. Al mismo tiempo, también demuestro que solo es posible tener un cuerpo frente a la interacción con el poder, y que las tecnologías que buscan normalizarlo siempre pueden fallar o ser reapropiadas por cuerpos indolentes, subversivos y nómadas. Por lo tanto, dialogo con autores como Michel Foucault, Gayle Rubin, Monique Wittig y Paul B. Preciado.