A formação docente para o Ensino de Ciências é imprescindível também pelos constantes avanços nesta área, que devem ser acompanhados pelos professores em formação e em atividade. Diante disso, o presente estudo objetivou investigar concepções de nove professores sobre aspectos das formações inicial e continuada que influenciam o trabalho em sala de aula. Para tanto, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa por meio de entrevistas com professores de Ciências de cinco escolas públicas na Paraíba. Os resultados indicaram que predomina entre professores uma visão de distanciamento entre formação inicial e continuada, cuja primeira é considerada como suficiente para a atuação em aula, enquanto a segunda é interpretada como uma complementação. Além disso, prevaleceu entre os professores a concepção de que a prática em sala de aula tem relevância equivalente ao curso de licenciatura para a atuação docente. Possivelmente, a prática é interpretada como forma de consolidar o que foi visto na formação inicial e uma justificativa para a ausência de continuidade na formação profissional. Propõe-se neste trabalho, portanto, que a formação docente seja vista como um processo permanente na qual os conhecimentos construídos no percurso das formações inicial e continuada sejam interdependentes.