Na Margem Sul do rio Tejo, a apanha de amêijoa-japonesa representa uma oportunidade de rendimento e uma estratégia informal de subsistência praticada por migrantes e não migrantes. Com base num estudo etnográfico desenvolvido entre 2017 e 2018 nas praias fluviais da cidade do Barreiro, este artigo aponta para uma reflexão que procura compreender o que é construído em termos de adaptações de vida e convivialidades entre apanhadores com percursos de vida distintos numa situação comum de instabilidade. Questiona-se, por isso, de que forma estes apanhadores gerem as suas vidas apesar das contingências sociais e econômicas que nos direcionam para o atual estado da economia global.
In the Southern Margin of the Tejo River, bivalve harvesting represents an income opportunity and an informal subsistence strategy practiced by migrants and non-migrants. Based on an ethnographic study conducted between 2017 and 2018 along the river beaches of Barreiro city, this article points to a reflection that seeks to understand what is built in terms of life adaptations and conviviality among catchers with different life paths experiencing a common situation of instability. Therefore, we question is how these seekers manage their lives despite the social and economic contingencies that lead to the current state of global economy.