Indivíduos com síndrome de Down (SD) apresentam um estilo de vida sedentário e, consequentemente, uma baixa aptidão cardiorrespiratória e capacidade funcional, podendo, muitas vezes, influenciar de maneira negativa nas suas atividades de vida diária. Objetivou-se verificar a influência de um programa de treinamento funcional (TF) de oito semanas sobre a capacidade funcional e aptidão cardiorrespiratória em indivíduos com SD pertencentes à escola APAE de uma cidade do interior do estado do Paraná. Participaram do estudo cinco indivíduos com SD, com idades entre 17 e 35 anos, nos quais foi aplicado um programa de intervenção no período de oito semanas constituído por 10 exercícios físicos funcionais trabalhados em forma de circuito. Os dados foram tratados por meio de estatística não paramétrica e Delta Bruto e Delta percentual (∆%) de cada variável. O nível de significância adotado para verificar alterações entre os momentos pré e pós-intervenção foi de (p>0,05). Os resultados indicaram que, após o programa de TF, houve um aumento na distância percorrida por todos os participantes através do teste de caminhada de seis minutos (TC6min), com aumento médio de 3,1% na distância percorrida no momento pós-intervenção. Em relação ao teste funcional Timed “Up and Go” (TUG), houve uma redução média no tempo de -12,66%, quando comparados ao momento pré-intervenção. Conclui-se que o programa de TF se apresentou como uma ferramenta acessível e viável, contribuindo para melhora do sistema cardiovascular e da mobilidade funcional dos indivíduos com SD.
Individuals with Down syndrome (DS) have a sedentary lifestyle and, consequently, a low cardiorespiratory frequency and functional capacity, which can often influence the negative way in their activities of daily living. The objective was to verify the influence of an eight-week functional training program (FT) on the functional capacity and cardiorespiratory fitness in individuals with DS belonging to the APAE school in a city in the state of Paraná. Five individuals with DS participated in the study, aged between 17 and 35 years, in which an intervention program was applied over a period of eight weeks consisting of 10 functional physical exercises worked in the form of a circuit. The data were treated using non-parametric statistics and Gross Delta and percentage Delta (∆%) of each variable. The level of significance adopted to verify changes between the pre and post intervention moments was (p>0,05). The results indicated that, after the FT program, there was an increase in the distance covered by all participants through the six-minute walk test (WT6m), with an average increase of 3.1% in the distance covered after the intervention. Regarding the Timed “Up and Go” functional test (TUG), there was an average reduction in time of -12.66%, when compared to the pre-intervention moment. It is concluded that the TF program presented itself as an accessible and viable tool, contributing to the improvement of the cardiovascular system and the functional mobility of individuals with DS.