De Ferenczi a Balint: o desenvolvimento da questão da análise didática

Revista de Psicologia

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ISSN: 2179-1740
Editor Chefe: Cassio Adriano Braz de Aquino
Início Publicação: 26/01/2018
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Psicologia

De Ferenczi a Balint: o desenvolvimento da questão da análise didática

Ano: 2015 | Volume: 6 | Número: 2
Autores: Marcus Kleredis Monteiro Vieira, Orlando Soeiro Cruxên
Autor Correspondente: Marcus Kleredis Monteiro Vieira | kleredis@yahoo.com.br

Palavras-chave: análise didática, formação do analista, Ferenczi, Balint

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho trata das formulações de Ferenczi e Balint sobre a análise pessoal para o psicanalista em formação. Ao propor a chamada “técnica ativa”, Ferenczi lança novas exigências ao trabalho do psicanalista. Observa-se que essas exigências, concernentes aos atributos pessoais do psicanalista, engendraram o aumento das ambições relativas à análise com fins de formação, que, segundo Ferenczi, deveriam avançar para além da remissão dos sintomas, chegando até o esgotamento das fantasias inconscientes. Balint, por sua vez, rompeu a barreira de silêncio que pairava sobre a chamada “análise didática” desde sua adoção pela IPA como requisito para a formação do psicanalista. Destaca-se aqui a crítica do autor às formas assumidas pela análise didática no interior das instituições afiliadas à IPA e sua abordagem do desenvolvimento da questão da análise de formação no movimento psicanalítico, da chegada dos primeiros psicanalistas até o início da década de cinqüenta do século XX.



Resumo Inglês:

This work deals with postulations by Ferenczi and Balint related to personal analysis of the training psychoanalyst. By proposing the so-called “active technique”, Ferenczi launched new requirements for the psychoanalyst’s function. It is observed that those requirements concerning personal abilities presented by the psychoanalyst engendered an increase in ambitions related to analysis aimed at formation which, according to Ferenczi, should extend beyond remission of symptoms until unconscious fantasies become exhausted. In his turn, Balint flew over the silence barrier that impeded application of the so-called “training analysis” since its adoption by IPA as a requirement for the formation of the psychoanalyst. One is to highlight here the author’s critical appraisal of forms assumed by training analysis within institutions affiliated with IPA and his approach to the development of the issue concerning formation analysis in the psychoanalytical movement since arrival of the first psychoanalysts up to the beginning of the 50’s decade in the XX century.