Necrópsia: valor diagnóstico

Revista de Medicina da UFC

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ISSN: 24476595
Editor Chefe: Renan Magalhães Montenegro Júnior
Início Publicação: 30/11/2014
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Necrópsia: valor diagnóstico

Ano: 2018 | Volume: 58 | Número: 2
Autores: Márcia Valéria Pitombeira Ferreira, Venulda Helena Santos Mendes, Tainah Braga Camurça, Luanna de Queiroz Lemos, Oálene Gonçalves Silva, Carolina Teixeira Costa, Thamiris Silva de Queiroz
Autor Correspondente: Márcia Valéria Pitombeira Ferreira | mvpitombeira@yahoo.com.br

Palavras-chave: autópsia, causa de morte, diagnóstico clínico, erros de diagnóstico, hospitais universitários, necrópsia, mortalidade hospitalar

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Introdução: a necrópsia garante a acurácia estatística de mortalidade, esclarece mortes não explicadas, é fonte de aprendizado, de pesquisa e controle de qualidade hospitalar. Objetivos: verificar a frequência de necrópsias no Departamento de Patologia e Medicina Legal da Universidade Federal do Ceará (DPML/UFC), avaliar a eficácia diagnóstica da necrópsia, concordância e discordância entre o diagnóstico clínico e de necrópsia. Metodologia: estudo longitudinal, retrospectivo, descritivo, de levantamentos de dados dos arquivos do DPML/UFC de 1959 a 2014 para frequência anual e total, e de 2010 a 2014 para analisar os diagnósticos clínico e de necrópsia. Resultados: de 1959 a 2014 foram 7186 necrópsias. Na década de 80 foram mais de 200 anuais, e a partir dos anos 90 houve declínio. De 2010 a 2014 foram cerca de 50/ano. O diagnóstico clínico foi discordante com o da necrópsia em 23% dos casos adultos e jovens. Nos natimortos e óbitos infantis o diagnóstico clínico foi discordante em 15% com o diagnóstico da necrópsia. A necrópsia foi conclusiva em 86% de adultos e jovens e 78% dos fetos e óbitos infantis. Conclusão: houve redução das necrópsias, a precisão da necrópsia foi elevada e discordâncias foram compatíveis com a literatura.