A obra Parlons Arawak, une langue amérindienne d’Amazonie escrita por Marie-France Patte, linguista adstrita ao Centre d’Études des Langues Indigènes d’Amérique (CELIA) - CNRS e IRD – França, constitui um aporte aos estudos das línguas ameríndias ao propor a apresentação de uma língua amazônica em suas manifestações. Na primeira parte do livro, Histoire et societé, encontra-se o contexto histórico e descrições dos povos amazônicos denominados Arawak, considerados vindos da região Orinoco-Rio Negro e descendentes de grupos ameríndios das Guianas por migrações sucessivas. Segundo aponta Patte, o termo Arawak, de etnologia incerta, é provavelmente ligado ao nome de uma importante vila do baixo Orinoco, chamada Aruacay e mencionada pelos primeiros cronistas por sua importância comercial e estratégica (p.9). Antes da chegada dos europeus, ocupavam vastas áreas do litoral amazonense e o Caribe, que corresponde hoje ao que se chama de 5 Guianas: Francesa, Suriname, Guiana, Guiana Venezuelana e o Estado do Amapá no Brasil e as ilhas das Antilhas.