A incipiente produção acadêmica sobre economia feminista no Brasil contrasta com uma dinâmica intensa e continuada de formação, elaboração e mobilização de um campo do feminismo para o qual a economia feminista é uma ferramenta e uma proposta política. A partir da discussão sobre as estratégias e metodologias de formação, e sobre as ações feministas na resistência ao neoliberalismo de organizações referenciadas na Marcha Mundial das Mulheres, o artigo apresenta argumentos, acúmulos e desafios teóricos e políticos para o desenvolvimento da economia feminista identificada com a corrente rupturista.
In Brazil, academic production on feminist economics is incipient and it contrasts with an intense and continuous dynamics of training, elaboration and mobilization of a feminist political field, for which feminist economics is a tool and a political proposal. The article presents arguments, theoretical and political challenges to the development of feminist economics identified with the rupturist perspective. They are based on the discussion of strategies and methodologies of training and self-organization, and on feminist actions in resistance to neoliberalism, articulated by the World March of Women.