O objetivo deste texto é demonstrar que a compreensão do processo de construção da violência em um sacrifício humano implica a fuga de explicações que o definem, a priori, como formado somente por um caráter teológico e religioso singular. A abordagem etnográfica propõe identificar a constituição de todo um campo disciplinar voltado para entender esta violência, sobretudo no âmbito de uma psiquiatria, de uma criminologia e, também, de um corpo de noções médico-jurídicas de doença mental.