SERVIÇO SOCIAL E INTERSECCIONALIDADE: A INVISIBILIDADE DAS MULHERES NEGRAS NO MOVIMENTO FEMINISTA

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ISSN: 2595-5934
Editor Chefe: Profº Dr. André Ribeiro da Silva
Início Publicação: 27/08/2018
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

SERVIÇO SOCIAL E INTERSECCIONALIDADE: A INVISIBILIDADE DAS MULHERES NEGRAS NO MOVIMENTO FEMINISTA

Ano: 2024 | Volume: 74 | Número: 74
Autores: LEMOS. Carolyne Santos
Autor Correspondente: LEMOS. Carolyne Santos | revistaacademica@faculdadesouza.com.br

Palavras-chave: Feminismo Negro. Serviço Social. Questões Raciais.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Como resultado do processo de formação sócio-histórica da sociedade brasileira, a mulher negra foi conduzida a uma tripla condição de opressão, visto que além de ser submetida às opressões de gênero, também convive com a discriminação de classe e de raça. Nesta perspectiva, o objetivo deste artigo é discutir de que forma o Serviço Social poderia manifestar, na esfera acadêmica e na profissão como um todo, o engajamento em torno das pautas do feminismo negro. Para tanto, além de promover uma discussão sobre as relações de gênero, é necessário elucidar as bases do movimento feminista, que por apresentar a sua matriz de origem vinculada à experiência branca e ocidental, não contemplou as pautas das mulheres negras. A partir da constatação da omissão de suas ideias e demandas, as mulheres negras decidiram criar um feminismo que lhes desse voz e abarcasse construções teóricas afinadas com um feminsmo não dominante. Em razão da condição hegemônica das elaborações do feminismo ocidental, o feminismo negro enfrentou dificuldades para se afirmar no campo acadêmico. Deste modo, no que se refere ao curso de Serviço Social, os processos históricos nacionais quase não são contemplados no curículo acadêmico, havendo o predomínio dos processos eurocêntricos. Consequentemente as questões étnico-raciais e as relacionadas à condição da mulher negra não recebem a devida visibilidade no curso, dinâmica que promove rebatimentos na intervenção profissional, sendo que grande parte dos usuários dos serviços é composta por negros, pobres e mulheres.